quinta-feira, 28 de julho de 2011

Livro: A importância de ser prudente e outras peças


Muito da fama de Oscar Wilde se deve ao romance O retrato de Dorian Gray, mas foi como dramaturgo que ele alcançou o maior sucesso em vida, com as comédias de costumes Uma mulher sem importância, Um marido ideal e A importância de ser prudente, reunidas neste volume, agora lançado pela Penguin-Companhia.
Nas peças que em larga medida satirizam a alta sociedade vitoriana que jamais o aceitou de bom grado, Wilde aponta de maneira irônica para si mesmo. Há algo do autor nas observações cínicas de lorde Illingworth em Uma mulher sem importância, assim como no estilo de vida despreocupado de lorde Goring, o bon vivant que é a fonte de sensatez de Um marido ideal, e também no inconsequente dândi Algernon de A importância de ser prudente.
Com introdução e notas de Richard Allen Cave, diretor e estudioso do teatro britânico, a edição da Penguin-Companhia situa o leitor sobre o contexto em que as peças foram encenadas e as inovações que Wilde, um intelectual de grande apuro técnico, trouxe para a dramaturgia moderna.

424 pág.
R$ 28,50

terça-feira, 12 de julho de 2011

Nelson Rodrigues: livro reúne 50 críticas sobre o dramaturgo


Incompreendido e mal-interpretado por muitos, ele nunca quis ser uma unanimidade – e nunca foi, em vida. Esse foi o perfil de Nelson Rodrigues, jornalista e escritor considerado o maior dramaturgo brasileiro de todos os tempos apenas anos após sua morte.
Tendo essa incompreensão em vista, a revista de ensaios Folhetim, do grupo carioca Teatro do Pequeno Gesto, reuniu um dossiê de críticas dirigidas a Nelson. São 98 artigos escritos entre 1942 e 2009, fruto de pesquisa em 15 periódicos nacionais.
Em formato de livro, a publicação celebra os 20 anos da companhia de teatro, cujas comemorações preveem também uma versão de Antígona, de Sófocles, e a montagem de Teatro dos Ouvidos, Valère Novarina.
A obra tem 432 páginas e reúne material digno de colecionador, como uma crítica sem assinatura, publicada no Diário de Notícias em 1942, sobre “A Mulher sem Pecado”, texto de estréia de Nelson, em que o autor da crítica afirma que “o sr. Nelson não faz teatro”.
Nelson Rodrigues e sua obra também são motivo de divisão entre os jornalistas. Em um artigo sobre “Boca de Ouro” no jornal Última Hora, em 1961, o escritor e jornalista Paulo Francis assume já ter escrito “muita besteira” a respeito das obras rodrigueanas. O próprio diretor do Teatro do Pequeno Gesto, Antonio Guedes diz que “Nelson não é consenso total. Até hoje tem gente que não entende suas peças”.
Folhetim será lançado dia 20/07 pela editora Pão e Rosas, mas já pode ser adquirido por meio do endereço: folhetim@pequenogesto.com.br - Preço R$ 35.

FONTE: Portal Comunique-se